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Casos de ansiedade e estresse sobem durante o período de isolamento social

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Devido à pandemia do novo coronavírus, que está afetando diversos países espalhados pelo mundo, algumas medidas tiveram que ser tomadas para evitar que a contaminação da doença seja ainda maior, e uma delas foi o isolamento social.

Como forma de tentar conter a doença e evitar que outras pessoas contraiam a COVID-19, foi determinado pelo Governo Federal que as pessoas fizessem o possível para permanecer em suas residências.

A medida, estabelecida por tempo indeterminado, fez com que grande parte dos brasileiros tivessem suas rotinas totalmente mudadas. Isso fez com que muitas pessoas começassem a ter crises de ansiedade e estresse, afetando o sono e a saúde mental.

De acordo com a Exame, foi publicado pela The Lancet que os casos de ansiedade e estresse dobraram durante o período de quarentena, e os casos de depressão tiveram um aumento de 90%.

O psiquiatra Luan Diego Marques explica que a ansiedade é uma reação natural do organismo frente a uma ameaça ou situação de perigo. “Em situações de tragédia ou pandemia é natural que o nível de alerta das pessoas se eleve e a ansiedade também”, explica.

Para tentar reduzir a ansiedade e o medo, o médico explica que uma alternativa pode ser reduzir o acesso às informações e procurar fontes confiáveis. Além disso, é essencial ter uma boa noite de sono, praticar atividades físicas, fazer meditação e tentar manter contato com amigos e familiares por meio de ligações de voz ou vídeo.

A estudante Thaylla Leão, de 20 anos, conta que desde o início do período de isolamento sofreu com diversas crises de ansiedade. “Tive crises horríveis, a sensação de estar presa, olhando para as mesmas paredes todos os dias, sem perspectiva ou expectativa de quando a normalidade voltará só aumenta a tensão”. 

Para tentar lidar com a situação, ela conta que mantém o foco nos estudos e exercícios físicos. O psiquiatra Luan complementa que além dessas medidas, é importante tentar manter uma rotina: “a rotina ensina nosso cérebro que não estamos de férias e isso afeta diretamente nossa produtividade na escola ou no trabalho, sentir que as coisas estão desorganizadas pode deixar as pessoas mais ansiosas e com sensações de improdutividade, afetando sua saúde mental”.

Caso as crises de ansiedade e estresse sejam constantes, o médico aconselha que seja marcada uma consulta com um médico ou psiquiatra. “Se observar sintomas intensos de ansiedade e depressão, procurar ajuda psicológica ou médica, hoje existem muitas ferramentas via telemedicina que aproximam os cuidados de saúde sem a necessidade de o paciente sair de casa. Cuidar e manter uma rede de suporte é essencial neste momento”, conta.

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